segunda-feira, 30 de junho de 2008


A GENTE SE ACOSTUMA
Marina Colassanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Como é seu processo de avaliação?



Como você tem avaliado seus alunos? O bom resultado numa avaliação consiste em obtenção de notas ou em uma aprendizagem real? Sua forma de avaliar aponta para a autonomia e para um crescimento positivo do educando?


TODOS PODEMOS FAZER A DIFERENÇA!

Relata uma certa Professora Tereza, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta séria primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.
No entanto ela não sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado José.
Ela já havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal.
Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e seus trabalhos.
Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações.
A Professora Tereza deixou a ficha de José por último, mas quando a leu, foi grande a sua surpresa.
A professora do primeiro ano escolar de José havia anotado o seguinte, em sua ficha escolar:
José é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele.
A professora do segundo ano escreveu: José é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil!
Da professora do terceiro ano constava a seguinte anotação na ficha de José:
A morte de sua mãe foi um duro golpe para esse menino. José procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.
A professora do quarto ano escreveu:
José anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.
A Professora Tereza se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada.
Sentiu-se ainda pior, quando lembrou dos presentes de Natal que ganhara dos outros alunos, envoltos em papéis coloridos, enquanto o que recebera de José estava enrolado em papel pardo, de supermercado.
A Professora Tereza ainda lembra que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam, ao identificarem no presente que José dera à professora, uma velha pulseira feminina faltando algumas pedras, e um vidro de perfume, pela metade.
Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso, colocou imediatamente a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão.
Naquele momento José ficou um pouco mais de tempo na escola do que de costume.
Professora Tereza lembra que José lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.
Naquele dia, depois que todos se foram, a professora chorou por longo tempo.
Em seguida, decidiu mudar a sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a José.
Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava!
E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção, mais ele se animava.
Ao finalizar o ano letivo José saiu como o melhor aluno da classe.

Um ano mais tarde a Professora Tereza recebeu uma carta em que José lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.
Seis anos depois, recebeu outra carta de José, contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera.
As notícias se repetiam, até que um dia ela recebeu uma carta assinado por Dr. José Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como José.
Mas a história não terminou aí. A professora Tereza recebeu outra carta em que José a convidava para seu casamento e noticiava a morte de seu pai.
Aceitou o convite, e no dia do casamento lá estava ela, usando a pulseira que ganhou de José, anos antes, e o perfume.
Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo, e José lhe disse ao ouvido: “Obrigado por ter acreditado em mim e por me fazer sentir importante, mostrando que eu posso fazer a diferença”.
Com os olhos marejados, Tereza sussurrou: Você está enganado, José!
Foi você quem me ensinou o que é fazer a diferença; eu não sabia nada sobre ensinar, até conhecer você!
Mais do que ensinar a ler e a escrever, explicar matemática e outras disciplinas, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam da alma do educando.
Mais do que avaliar provas e dar notas é importante ensinar com amor, mostrando que sempre é possível fazer a diferença!

(Texto de autor desconhecido)

quarta-feira, 25 de junho de 2008


Escola é ...
O lugar que se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é sobretudo, gente
Gente que trabalha, que estuda
Que alegra, se conhece, se estima.
O Diretor é gente,
O coordenador é gente,
O professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um se comporte
Como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”
Nada de conviver com as pessoas e depois,
Descobrir que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como tijolo que forma a parede,Indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade,É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil!Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se, ser feliz.
É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.
(Paulo Freire)

"O nobre projeta coisas nobres, e nas coisas nobres persistirá." Isaías 32:8

Jesus te ama!!!


Jesus ama você!

domingo, 22 de junho de 2008

Texto para reunião pedagógica

Jardim Escola Nascidos para Adorar
18/06/2008
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.” 1 Coríntios 15:58
Reflexão

A PEDRA
O distraído nela tropeçou...
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já, Davi, matou Golias,
E Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
Em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!
Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento.
(autor desconhecido)
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Provérbio Chinês
Não importa o tamanho da montanha, ela não pode tapar o sol.

Texto para reunião de pais e mestres

A diferença

“Era uma vez um escritor, que morava numa praia tranqüila, junto a uma colônia de pescadores. Todas as manhãs ele passeava na beira-mar, para se inspirar, e de tarde ficava em casa escrevendo.
Um dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Quando chegou perto, era um jovem pegando na areia as estrelas do mar, uma por uma, e jogando de volta ao oceano.
- Por que você está fazendo isso? Perguntou o escritor.
- Você não vê? – Disse o jovem.
– A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar no sol e morrer, se ficarem aqui na areia.
- Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praia por esse mundo afora, e centenas de milhares de estrelas do mar, espalhadas pelas praias. Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta ao oceano, mas a maioria vai perecer de qualquer forma.
O jovem pegou mais uma estrela na areia, jogou de volta ao oceano, olhou para o escritor e disse:
- Para essa, eu fiz a diferença.
Naquela noite o escritor não conseguiu dormir nem sequer escrever. De manhãzinha foi a praia, reuniu-se ao jovem e juntos começaram a jogar estrelas no mar de volta ao oceano”
Sejamos portanto, mais um dos que querem fazer a diferença, dos que querem construir uma sociedade melhor.
Sejamos a diferença!
Autor Desconhecido

Princípio da Semeadura e Colheita